D’Alessandro escancarou que não está contente com o Inter
O argentino Andrés D’Alessandro, considerado um dos maiores ídolos da história do Inter, demonstrou incômodo com situações relacionadas à atual gestão do clube. Em entrevista para a Rádio Grenal, nesta quinta-feira (16), o ex-jogador esclareceu os principais pontos de desencontro com a direção colorada. Ele destaca, por exemplo, decepção com pessoas que estão dentro do Beira-Rio.
“Hoje não tenho um cantinho [no Beira-Rio]. Obviamente vocês sabem que eu tinha um camarote, uma parceria com a BRIO, aí eu fui para o Cruzeiro, e hoje não tenho um cantinho. Não estou indo no Beira-Rio por questões que vocês devem imaginar, por ter tido eleições e um monte de coisas que se somaram e que fizeram com que hoje eu esteja um pouco distante do clube. Isso gera, obviamente, uma tristeza em mim. Um pouco decepcionado com as pessoas que trabalham no clube também”, disse o argentino.
D’Alessandro ainda afirma que a direção colorada ainda devia cinco parcelas de acordo realizado em 2021 – referente aos valores da época em que era jogador. Ele cogitava entrar na Justiça para cobrar a quantia de cerca de R$ 3 milhões, porém optou por não avançar no processo. O ex-jogador relatava que a gestão do Inter não tinha uma conversa clara para definir o acordo.
Por conta da insatisfação com a gestão, D’Alessandro chegou a fazer campanha para o conselheiro Roberto Melo nas eleições presidenciais. O argentino teria um cargo dentro do clube caso o ex-dirigente fosse eleito. No entanto, o presidente Alessandro Barcellos conquistou a renovação e impediu a entrada do ex-jogador, que segue afastado do estádio Beira-Rio.
D’Alessandro usa o Grêmio para criticar a direção do Inter
Andrés D’Alessandro ainda indicou que a direção do Inter deveria se inspirar no Grêmio para realizar ações que visam a valorização dos ídolos. Isso porque o Tricolor Gaúcho conta com um camarote que permite os ex-jogadores a assistirem partidas oficiais. O ex-jogador se mostrou decepcionado com a falta de atitude do Colorado para promover atitudes semelhantes.
“O Grêmio tem um camarote com os ídolos. Convida os caras, eles vão lá e assistem ao jogo. Até pagam passagem para quem mora fora. Acho que o Inter tem que fazer isso. Tem que resgatar a história do clube. A história do clube é a torcida e os jogadores. A gente passa, né? Mas o que fica para nós quando a gente encerra nossa carreira é o reconhecimento, o respeito. É o mínimo. A gente precisa de carinho. Quando fica distante disso, parece que tu não fez nada”, afirma D’Ale.